sábado, 21 de agosto de 2010

Juristas criticam mudanças na partilha dos royalties do pré-sal, mas governo não vê problemas

Fonte: Agência Brasil
Data: 20/08/2010 16:07

A divisão dos royalties da produção de petróleo do pré-sal entre estados produtores e não-produtores foi o centro dos debates do 1º Seminário Brasileiro de Pré-Sal, promovido pelo Ministério de Minas e Energia. Foi discutida a constitucionalidade da Emenda Ibsen/Simon, que privilegia estados não-produtores na partilha dos royalties.


“Se esta emenda for aprovada pelo Congresso Nacional, ela deverá ser vetada pelo presidente da República. Mas, se for sancionada, tem que ser declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal”, disse o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Cláudio Pereira de Souza Neto. A mesma opinião teve o procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Rabello Vieira.


A emenda em discussão no Congresso, segundo Souza Neto, viola o pacto federativo brasileiro ao estender aos estados não-produtores a divisão dos lucros da venda do petróleo extraído na área do pré-sal. O argumento é de que os royalties estão consagrados no texto da Constituição de 1988 como forma de compensação pelas perdas decorrentes do não recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Assim como ocorre com a energia elétrica, o ICMS sobre petróleo é recolhido pelo estado de destino, ao contrário dos demais produtos, que são taxados na origem.


Souza Neto acrescentou que quem ganha com o que classificou de “tratamento desigual” na arrecadação do ICMS “é o estado mais poderoso da Federação, São Paulo”. Como os royalties estão previstos no parágrafo 1º do artigo 20 da Constituição Federal, ele considera a Emenda Ibsen/Simon uma violação do texto constitucional. Souza Neto disse que a emenda também viola os princípios constitucionais da isonomia, porque trata igualmente estados e municípios que estão em posições diferentes, e ainda cria insegurança jurídica, pois pode alterar contratos já em vigor.


“Isso não quer dizer que os royalties não possam ser distribuídos de outra maneira. É claro que a perspectiva de a exploração de petróleo se tornar mais rentável no país demanda alterações na legislação e os percentuais poderiam ser discutidos, mas a Emenda Ibsen/Simon simplesmente extingue os royalties e não reconhece a estados produtores qualquer direito à compensação financeira”, disse o conselheiro da OAB.


Para o procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Rabello Vieira, se a emenda for aprovada, a Bahia, que produz apenas 1% do petróleo nacional, ficaria com 8,5% dos lucros, enquanto Rio de Janeiro e Espírito Santo teriam direito a apenas 4%.


A consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia (MME) e natural da Bahia - um dos estados que seriam beneficiados pela Emenda Ibsen/Simon -, Daniela Marques, rebateu as duas opiniões. Para ela, embora os royalties estejam realmente consagrados na Constituição, nada impede que a situação seja modificada por uma emenda constitucional ou mesmo pela legislação comum.

terça-feira, 13 de julho de 2010

BP reza para que novo dispositivo ponha fim à maré negra

NOVA ORLEANS, EUA — A petroleira britânica British Petroleum submete a um teste, nesta terça-feira, um enorme dispositivo semelhante a um funil, para ver se ele é capaz de conter o vazamento de um poço danificado no Golfo do México, rezando para que chegue ao fim o pesadelo de 13 semanas.

Importantes sondagens sísmicas são realizadas depois que robôs submarinos conseguiram baixar o funil de 10 metros de altura, acima do poço danificado, na noite de segunda-feira.

No 85º dia da pior catástrofe ambiental dos Estados Unidos, engenheiros estavam prestes a iniciar uma série de testes de pressão e integridade por volta do meio-dia local (14h00 de Brasília) para ver se o dispositivo gigante, de 75 toneladas, de fato está conseguindo conter o vazamento.

Os testes vão durar entre 6 e 48 horas, já que três saídas diferentes do poço estão sendo fechadas lentamente e leituras de pressão, cuidadosamente tomadas.

A BP "não poderia estar mais orgulhosa da equipe que instalou o dispositivo de vedação. Correu tudo bem e as pessoas sentem-se realmente otimistas quanto a isso", disse o vice-presidente sênior da BP, Kent Wells, aos jornalistas.

Agora, em operações complexas realizadas a 1.600 metros de profundidade, a BP vai começar a desligar as válvulas do dispositivo, monitorando a pressão. Uma leitura de alta pressão demonstrará que não há novos vazamentos. Baixa pressão, ao contrário, indicaria que o petróleo estaria vazando para o mar do Golfo de outro ponto do poço, bem abaixo do leito marinho.

"Todo mundo espera e reza para que tenhamos altas pressões aqui", resumiu Wells.

O almirante da Guarda Costeira Thad Allen, encarregado da resposta americana ao desastre, disse que "a grande dúvida" é o estado do buraco do poço, que se estende por quatro quilômetros abaixo do leito marinho.

"Não sabemos o que aconteceu com o buraco no momento da explosão e dos eventos que se seguiram imediatamente", explicou Allen à imprensa. "Eu não acho que vamos saber até fazermos as leituras de pressão e vermos aonde esta informação nos leva", acrescentou.

Os testes foram projetados para avaliar se o dispositivo poderá suportar a pressão em seu interior provocada pelo petróleo que sobe do reservatório submarino.

"Neste exercício, a alta pressão é boa", disse Allen. "Temos um volume considerável de pressão dentro do reservatório".

"Consideramos entre 8.000 e 9.000 psi (nr: medida de pressão), o que indicaria que os hidrocarbonetos estão sendo forçados para cima e que o poço pode suportar esta pressão", acrescentou.

Esta seria uma boa notícia para os moradores do Golfo, que viram o equivalente a 35.000-60.000 barris de petróleo vazar no mar diariamente desde que uma explosão, em abril, destruiu a plataforma Deep Horizon, da BP, em frente à costa da Luisiana.

Na pior catástrofe ambiental dos Estados Unidos, bolas de alcatrão e manchas de petróleo foram encontradas nos cinco estados americanos do Golfo, do Texas à Flórida, provocando a suspensão da pesca e afugentando os turistas.

"Espera-se, embora não possamos ter certeza, que nenhum petróleo seja liberado no mar durante o teste", informou a BP na segunda-feira, acrescentando, no entanto, que isto não indicaria que o vazamento foi interrompido permanentemente.

A Agência Internacional de Energia estimou nesta terça-feira que de 2,3 a 4,5 milhões de barris de petróleo vazaram no mar desde o naufrágio da plataforma, em 22 de abril, dois dias depois da explosão que matou 11 trabalhadores.

Segundo fontes oficiais, mesmo se o novo funil não conseguir selar o poço, a capacidade do sistema será suficiente para capturar todo o petróleo que vazou para o mar.

A BP também continua a perfurar dois poços secundários para interceptar e selar permanentemente o poço danificado.

Apesar do tudo-ou-nada em jogo no Golfo, houve pouco otimismo na audiência da comissão presidencial sobre as causas da tragédia.

"Mesmo se a BP tapar este poço amanhã, eles causaram um dano tão grande ao Golfo que este será um estranho prêmio de consolação", disse Darwin Bond Graham, sociólogo que estuda como Nova Orleans se recuperou do furacão Katrina.

13 de Julho de 2010.

fonte:

O Pré sal...

Olá leitores, como e um pedido de todos no blog, irei postar sobre o pre sal. E como já é de costume, postarei o que é esse pré sal e depois colocarei noticias atuais sobre ele. Espero que gostem.

A camada pré-sal refere-se a um conjunto de reservatórios mais antigos que a camada de sal, principalmente halita e anidrita. Esses reservatórios podem ser encontrados do Nordeste ao Sul do Brasil (onshore e offshore) e de uma forma similar no Golfo do México e na costa Oeste africana. A área que tem recebido destaque é o trecho que se estende do Norte da Bacia de Campos ao Sul da Bacia de Santos desde o Alto Vitória até o Alto de Florianópolis respectivamente. A espessura da camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos chega a 2.000 metros, enquanto na porção norte da bacia de Campo está em torno de 200 metros. Este sal foi depositado durante o processo de abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Antigo Supercontinente formado pelas Américas e África, que foi seguido do afastamento da América do Sul e da África, iniciado a cerca de 120 milhões de anos). As camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de mar raso e de clima semi-árido/árido(1 a 7 M.a.).


Primeiras descobertas


Nas rochas da camada pré-sal existentes no mundo, a primeira descoberta de reserva petrolífera ocorreu no litoral brasileiro, que passou a ser conhecida simplesmente como "petróleo do pré-sal" ou "pré-sal". Estas também são as maiores reservas conhecidas em zonas da faixa pré-sal até o momento identificadas.

Depois do anúncio da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em todo o mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas de sal nas camadas profundas do subsolo marinho. Atualmente as principais áreas de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis já identificadas na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana está a grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado africano, existem áreas pré-sal em processo de exploração (em busca de petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no Congo (Brazzaville)e no Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão. Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de exploração, desenvolvidas pela Petrobras, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm sendo utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações geológicas parecidas em outros locais do mundo. Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a Petrobras, nos campos que exploram como sócias da Petrobras no Brasil.

O pré-sal brasileiro

Plataforma P-52, que extrai petróleo do campo de Roncador, inclusive da camada pré-sal

As reservas de petróleo encontradas na camada pré-sal do litoral brasileiro estão dentro da área marítima considerada zona econômica exclusiva do Brasil. São reservas com petróleo considerado de média a alta qualidade, segundo a escala API. O conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se estende entre o litoral dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina, com profundidades que variam de 1000 a 2000 metros de lâmina d'água e entre quatro e seis mil metros de profundidade no subsolo, chegando portanto a até 8000m da superfície do mar, incluindo uma camada que varia de 200 a 2000m de sal.


O geólogo e ex-funcionário da Petrobras Márcio Rocha Mello acredita que o pré-sal pode ser bem maior do que os 800 quilômetros já identificados, estendendo-se de Santa Catarina até o Ceará.

Apenas com a descoberta dos três primeiros campos do pré-sal, Tupi, Iara e Parque das Baleias, as reservas brasileiras comprovadas, que eram de 14 bilhões de barris, aumentaram para 33 bilhões de barris. Além destas existem reservas possíveis e prováveis de 50 a 100 bilhões de barris.

A descoberta do petróleo nas camadas de rochas localizadas abaixo das camadas de sal só foi possível devido ao desenvolvimento de novas tecnologias como a sísmica 3D e sísmica 4D, de exploração oceanográfica, mas também de técnicas avançadas de perfuração do leito marinho, sob até 2 km de lâmina d'água.

O pré-sal está localizado além da área considerada como mar territorial brasileiro, no Atlântico Sul, mas dentro da região considerada Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil. É possível que novas reservas do pré-sal sejam encontradas ainda mais distantes do litoral brasileiro, fora da ZEE, mas ainda na área da plataforma continental, o que permitiria ao Brasil reivindicar exclusividade sobre futuras novas áreas próximas. Vale lembrar que alguns países nunca assinaram a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, e alguns dos que o fizeram não ratificaram o tratado.

A extração de petróleo da camada Pré-Sal

A descoberta de indícios de petróleo no pré-sal foi anunciada pela Petrobras em 2006. A existência de petróleo na camada pré-sal em todo o campo que viria a ser conhecido como pré-sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobras em 2007. Em 2008 a Petrobras confirmou a descoberta de óleo leve na camada sub-sal e extraiu pela primeira vez petróleo do pré-sal.

Em setembro de 2008, a Petrobras começou a prospectar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorre no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34. A Petrobras afirma já possuir tecnologia suficiente para extrair o óleo da camada. O objetivo da empresa é desenvolver novas tecnologias que possibilitem maior rentabilidade, principalmente nas áreas mais profundas.
Um problema a ser enfrentado pelo país diz respeito ao ritmo de extração de petróleo e o destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito rapidamente, este pode se esgotar em apenas uma geração. Se o país se tornar um grande exportador de petróleo bruto, isto pode provocar a sobrevalorização do câmbio, dificultando as exportações e facilitando as importações; fenômeno conhecido como "mal holandês", que pode resultar no enfraquecimento de outros setores produtivos como a indústria e agricultura.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Opep- Organização dos Países Exportadores de Petróleo

Olá leitores de plantão, a pedido de um fiel seguidor postarei sobre a opep, cujo o principal objtivo é unificar a política petrolífera dos países membros, centralizando a administração da actividade, o que inclui um controle de preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no mercado.
Foi criada em 14 de Setembro de 1960 como uma forma dos países produtores de petróleo se fortalecerem frente às empresas compradoras do produto, em sua grande maioria pertencentes aos Estados Unidos, Inglaterra e Países Baixos, que exigiam cada vez mais uma redução maior nos preços do petróleo.
Sede da Opep em Viena
Guerra do Yom Kippur
A persistência do Conflito israelo-árabe forçou a OPEP a tomar atitudes drásticas. Logo após a Guerra dos Seis Dias em 1967, os membros árabes da OPEP fundaram a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo com o propósito de centralizar a política de actuação e exercer pressão no Ocidente, que apoiava Israel. O Egito e a Síria, embora não fossem países exportadores usuais de petróleo, passaram a fazer parte da nova organização. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur alarmou a opinião pública árabe. Furiosos com o facto de que o fornecimento de petróleo havia permitido que Israel resistisse às forças egípcias e sírias, o mundo árabe impôs um embargo contra Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão.

O conflito israelo-árabe provocou uma crise. Os membros da OPEP pararam de exportar petróleo para o Ocidente, fazendo com que tivessem que reduzir os gastos anuais com energia, aumentar os preços, e ainda vender mercadorias com preço inflacionado para os países do Terceiro Mundo produtores de petróleo. Isto foi agravado pelo Xá do Irã Reza Palhevi , que era o segundo maior exportador de petróleo mundial e aliado mais próximo dos Estados Unidos na época. É claro que [o preço do petróleo] vai aumentar, disse ele ao New York Times em 1973. Certamente, e como...; Vocês [países do Ocidente] aumentaram o preço do trigo vendido a nós em 300%, o mesmo ocorreu com o açúcar e com o cimento...; Vocês compram nosso petróleo bruto e nos vendem ele de volta beneficiado na forma de produtos petroquimícos, por uma centena de vezes o preço que vocês o compraram...; Seria no mínimo justo que, daqui para frente, vocês paguem mais pelo petróleo. Poderíamos dizer umas 10 vezes mais.

Os países membros possuem 78% (OPEP, 2004) das reservas mundiais de petróleo. Suprem 40% da produção mundial e 60% das exportações mundiais. Graças à OPEP, os países são os mais bem pagos pelo seu petróleo. Em 2004, as reservas de petróleo existentes que pertencem aos membros são calculadas em 896000 milhões de barris[carece de fontes?]. As reservas mundiais são calculadas em 1144000 milhões de barris.

A organização tem agora 12 países membros. Estão listados abaixo, com as datas da sua entrada na organização:.

Membros atuais


África

* Angola (Janeiro 2007)
* Argélia (Julho 1969)
* Líbia (Dezembro 1962)
* Nigéria (Julho 1971)

América do Sul

* Venezuela (Setembro 1960)
* Equador (de 1973 até 1992, retornou como membro em dezembro de 2007)

Oriente Médio

* Arábia Saudita (Setembro 1960)
* Emirados Árabes Unidos (Novembro 1967)
* Irã (Setembro 1960)
* Iraque (Setembro 1960)
* Kuwait (Setembro 1960)
* Qatar (Dezembro 1961)

Ex-Membros

* Gabão (de 1975 a 1994)
* Indonésia (de 1962 a 2009)


• Equador suspendeu a sua adesão em Dezembro de 1992 e reativou em Dezembro de 2007.
• Gabão, que se tornou membro de pleno direito em 1975, terminou à sua adesão, com efeitos a partir de 1° de janeiro de 1995.
• Indonésia, que se tornou membro de pleno direito em 1962, suspendeu a sua adesão em Dezembro de 2008.

Embora sete dos doze membros e ex-membros da OPEP sejam nações árabes, a língua oficial da organização é a inglesa.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_dos_Pa%C3%ADses_Exportadores_de_Petr%C3%B3leo

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Maiorees Reservas no Brassil !


Brasil terá uma das maiores reservas de petróleo no mundo
Nova jazida descoberta na Bacia de Santos inclui o Brasil entre os dez maiores países produtores
Brasil , Brasília - Agência Brasil

Brasília - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Foto: Antonio Cruz/ABr
Japoneses e Petrobras serão sócios no “Canal do Sertão”
Petrobras iniciará produção de álcool em 2009
Petrobras comprará controle de refinaria no Japão
O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, estimou que a jazida de petróleo e gás natural descoberta pela estatal na Bacia de Santos incluirá o Brasil entre os dez maiores países produtores. Segundo ele, as reservas, estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris, permitirão ao país conquistar a oitava ou nona posição.
O volume anunciado hoje (8, no Brasil) no Campo de Tupi, disse Gabrielli, fará com que o Brasil passe a ter reservas equivalentes às da Nigéria e da Venezuela. Com 14,4 bilhões de barris em reservas atuais de petróleo e gás natural, o Brasil está, segundo ele, em 24º lugar entre os países produtores. "É uma notícia extremamente auspiciosa", avaliou.
De acordo com o diretor de Exploração e Produto da Petrobras, Guilherme Estrela, o Campo de Tupi pode começar a operar comercialmente em até seis anos. Em 2011, no entanto, a extração começará em caráter de teste, com a produção de 100 mil barris de óleo e gás diários.
A área da nova reserva na Bacia de Santos atualmente conta com 15 poços exploratórios que exigiram investimentos de US$ 1 bilhão nos últimos dois anos. Para chegar a esses poços, a estatal perfurou 2 mil metros de sal por mais de um ano. Somente o primeiro poço custou US$ 240 milhões.
Para Gabrielli, no entanto, as reservas podem ser ainda maiores. Ele afirmou que a extração de petróleo e gás entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade, na mesma camada onde foi descoberta a jazida no Campo de Tupi, pode acrescentar de 70 bilhões a 107 bilhões de barris dos produtos às reservas brasileiras. Para isso, a companhia tem de intensificar a extração nessa profundidade do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O petróleo em nossa vida

Veja no vídeo a importância do petróleo em nossa vida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

História do Petróleo no Brasil


Quando falamos sobre o petróleo, muitas pessoas têm a errônea impressão de que essa substância somente apareceu na história com o advento da Revolução Industrial. Contudo, desde a Antiguidade, temos relatos que nos contam sobre a existência desse material em algumas civilizações. Os egípcios utilizavam esse material para embalsamar os seus mortos, já entre os povos pré-colombianos esse mesmo produto era pioneiramente empregado na pavimentação de estradas.

No Brasil, a existência do petróleo já era computada durante os tempos do regime imperial. Nessa época, o Marquês de Olinda cedeu o direito a José Barros de Pimentel de realizar a extração de betume nas margens do rio Marau, na Bahia. Até as primeiras décadas do século XX, alguns estudiosos e exploradores anônimos tentaram perfurar alguns poços de petróleo sem obter êxito. Contudo, em 1930, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio de Basto mudou essa situação.

Com base no relato de populares, ele teve a informação de que os moradores de Lobato, bairro suburbano de Salvador, utilizavam uma “lama preta” como combustível de suas lamparinas. Instigado por tal notícia, realizou testes e experimentos que atestavam a existência de petróleo nessa localidade. Contudo, não possuía contatos influentes que poderiam investir em sua descoberta. Persistente, em 1932 conseguiu entregar ao presidente Getúlio Vargas um laudo técnico que atestava o seu achado.

Nessa mesma década, a descoberta de importante riqueza foi cercada por uma série de medidas institucionais do governo brasileiro. Em 1938, a discussão sobre o uso e a exploração dos recursos do subsolo brasileiro viabilizou a criação do CNP - Conselho Nacional do Petróleo. Em suas primeiras ações, o conselho determinou várias diretrizes com respeito ao petróleo e determinou que as jazidas pertencessem à União. No ano seguinte, o primeiro poço de petróleo foi encontrado no bairro de Lobato.

Logo em seguida, novas prospecções governamentais saíram em busca de outros campos de petróleo ao longo do território brasileiro. No ano de 1941, o governo brasileiro anunciou o estabelecimento do campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia. Apesar das descobertas em pequena escala, o surgimento dessa nova riqueza incentivou, em 1953, a oficialização do monopólio estatal sobre a atividade petrolífera e a criação da empresa estatal “Petróleo Brasileiro S.A.”, mais conhecida como Petrobrás.

Na década de 1960, novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobrás na economia brasileira. No ano de 1968, a empresa passou a desenvolver um projeto de extração iniciando a exploração de petróleo em águas profundas. Após as primeiras descobertas na cidade sergipana de Guaricema, outras prospecções ampliaram significativamente a produção petrolífera brasileira. Em 1974, ocorreu a descoberta de poços na Bacia de Campos, a maior reserva de petróleo do país.

Com o passar do tempo, o Brasil se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas e ultraprofundas. Em 1997, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a extinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também pudessem competir na atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza.

Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período da atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo passou a suprir mais de 90% da demanda por esta fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da autossuficiência permitiu o desenvolvimento da economia e o aumento das vagas de emprego.

No ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada pré-sal. Essas reservas de petróleo são encontradas a sete mil metros de profundidade e apresentam imensos poços de petróleo em excelente estado de conservação. Se as estimativas estiverem corretas, essa nova frente de exploração será capaz de dobrar o volume de produção de óleo e gás combustível do Brasil.

A descoberta do pré-sal ainda instiga várias indagações que somente serão respondidas na medida em que esse novo campo de exploração for devidamente conhecido. Até lá, espera-se que o governo brasileiro tenha condições de traçar as políticas que definam a exploração dessa nova fonte de energia. Enquanto isso, são várias as especulações sobre como a exploração da camada pré-sal poderá modificar a economia e a sociedade brasileira.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Produção de petróleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior cresceu 2,1%

28/06/2010

Olá pessoal, o nosso blog está crescendo, e a cada dia teremos mais informações pra vocês..

A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior em maio foi de 2.599.131 barris de óleo equivalente diários (boed). Esse resultado ficou 2,1% acima do volume registrado no mesmo mês de 2009, quando foram produzidos 2.546.553 boed, e se manteve no mesmo nível do volume total extraído em abril de 2010 (2.598.463 boed).

banco de imagens: petrobras.

Fonte: http://www.tnpetroleo.com.br/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vazamento de petróleo pode ser o dobro de estimativas anteriores



Óleo está vazando desde explosão de plataforma no fim de abril
Novos dados divulgados nesta quinta-feira pela US Geological Survey, ligada ao governo americano, indicam que o vazamento de petróleo na costa dos EUA chegou a 40 mil barris de petróleo por dia, mais que o dobro de várias estimativas anteriores.
Segundo os dados do órgão, este volume pode ter sido alcançado antes de a BP, a empresa que operava a plataforma, conseguir desviar o petróleo vazado através de um funil, no dia 3 de junho.
A BP diz que está conseguindo desviar e recolher em navios mais de 15 mil barris por dia.
O professor de oceanografia da Florida State University, Ian McDonald, disse que a BP subestimou o volume de vazamento e que essa diferença pode ter tido grande impacto negativo na escala da operação de limpeza organizada pela petroleira.
"Eles subestimaram a taxa de vazão e superestimaram a sua capacidade de conter aquela taxa com o procedimento de top-kill", disse McDonald.
"Depois eles mudaram e tentaram recuperar o óleo com este funil gigante. Mas 15 mil barris por dia claramente não é sequer a metade do petróleo que está vazando."
O óleo está vazando de um poço danificado a 1,5 mil metros de profundidade no Golfo do México desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no dia 20 de abril, em um incidente que matou 11 trabalhadores.
Segundo a BP, na quarta-feira, um sistema de captação do petróleo derramado conseguiu coletar 15,8 mil barris, volume pouco superior aos 15 mil barris que a empresa diz ter coletado no dia anterior.
Ataques
Em meio ao descontentamento em relação às medidas que estão sendo tomadas, o presidente da petroleira British Petroleum (BP), Carl-Henric Svanberg, se encontrará com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca na próxima semana.
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse que houve "falta de integridade" por parte da BP, responsável pela operação de uma plataforma que explodiu em abril, provocando vazamento de petróleo no Golfo do México.
"Está claro que houve falta de integridade por parte da BP em relação ao que nos informou sobre a adequação de sua tecnologia, de seus recursos para prevenção de explosões e de sua capacidade de limpeza", disse a democrata, após uma reunião na Casa Branca com o presidente, Barack Obama, e com lideranças do Congresso.
Ao ser questionada sobre se a BP deveria suspender o pagamento de dividendos a seus acionistas até garantir que as vítimas do vazamento de petróleo serão compensadas por suas perdas financeiras, Pelosi disse que sim.
"Eles faturaram US$ 17 bilhões no ano passado. Eles deveriam pagar esses pequenos comerciantes primeiro", afirmou.
Na quinta-feira, as ações da petroleira britânica registraram queda de 6,6% na Bolsa de Londres.
Retórica anti-britânica
Em meio a temores de que também a relação entre Estados Unidos e Grã-Bretanha possa ser afetada pelo incidente, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, deverá discutir a questão com Obama neste fim de semana.
Entretanto, um porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, minimizou a suposta "retórica anti-britânica" nos Estados Unidos e garantiu que o incidente não vai afetar as relações entre os dois países.
"A BP é uma empresa privada", disse o porta-voz. "Isso (o desastre) não interfere no relacionamento entre os Estados Unidos e seu aliado mais próximo."
Na próxima segunda-feira, Obama fará sua quarta visita ao Golfo desde o início do vazamento, em mais um esforço para rebater as críticas quanto à reação do governo diante do desastre.
Cinco Estados americanos foram atingidos pela mancha de petróleo, e o vazamento já é considerado o pior desastre ambiental da história do país.
Nesta quinta-feira, Obama recebeu na Casa Branca familiares dos 11 funcionários que morreram na explosão.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100611_bp_nova_pu.shtml

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Principais vazamentos de petróleo no mundo e nos Estados Unidos


Cerca de 5 mil barris de petróleo vazam por dia no Golfo do México
MADRI - A maré negra que atingiu a costa do estado americano de Louisiana e que ameaça gerar "uma catástrofe nacional" é uma das maiores registradas nos Estados Unidos. Entre as tragédias mais graves deste tipo no mundo destaca-se a que aconteceu em 24 de março de 1989, envolvendo a embarcação americana Exxon Valdez.

O petroleiro se chocou contra um recife, no Alasca, o que gerou um vazamento de 42 mil toneladas de petróleo, causando uma maré negra de 6 mil quilômetros quadrados e que, até o momento, foi o maior desastre ambiental na história dos EUA.

Já em 3 de junho de 1979, a plataforma mexicana "Ixtoc 1" se rompeu na Baía de Campeche (México) e derramou 420 mil toneladas de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou durante mais de um ano as costas de uma área de mais de 1.600 quilômetros quadrados.

Em agosto de 1994, a ruptura de um oleoduto na República Autônoma dos Komi, no norte da Rússia, causou uma catástrofe ambiental de grandes dimensões, com um vazamento de entre 200 mil e 300 mil toneladas de petróleo sobre os campos de Usinsk e os rios Usa e Kolva.

A maior maré negra do último ano aconteceu no dia 21 de agosto de 2009, no Mar do Timor, causada por um vazamento de 450 toneladas de gás e petróleo de duas plataformas da companhia PTTEP Australasia. Foi formada uma maré negra que cobriu 10 mil quilômetros quadrados no sudeste asiático.

Além destas tragédias causadas por acidentes, entre os maiores vazamentos de petróleo da história foi provocado pelo Governo do Iraque, que em janeiro de 1991 jogou no Golfo Pérsico mais de 1 milhão de toneladas de óleo dos poços do Kuwait para dificultar o desembarque aliado. A mancha negra se estendeu a cerca de 3.200 quilômetros quadrados e causou enormes danos ecológicos.

Nos últimos 40 anos, os EUA sofreram várias marés negras grandes, além da causada pelo desastre do "Exxon Valdez".

No dia 29 de março de 1971 o petroleiro americano "Texaco Oklahoma" naufragou a cem milhas de cabo Hatteras, na costa leste do EUA, o que causou um vazamento de 32.900 toneladas de petróleo.

No dia 6 de março de 1990, a embarcação "Cibro Savannah" explodiu e pegou fogo em Linden, no estado de New Jersey, e causou um vazamento de mais 32 toneladas de hidrocarbonetos.

Três meses depois, no dia 8 de junho, o petroleiro "Mega Borg" derramou 20.500 toneladas de petróleo em Galveston, no sudeste do Texas.

Já no dia 16 de setembro, também de 1990, o petroleiro "Júpiter" pegou fogo em City Bay, Michigan.

No dia 10 de agosto de 1993, três navios bateram na Baía de Tampa, na Flórida, entre eles o "Bouchard", que derramou mais de 84 toneladas de óleo.

Mais recentemente, no dia 7 de novembro de 2007, o cargueiro sul-coreano "Cosco Busan", de quase 280 metros de comprimento, se chocou contra a base da ponte que une San Francisco à cidade de Oakland por causa de um denso nevoeiro. Foram derramadas mais de 132 toneladas de petróleo.

Já em 2010, no dia 23 de janeiro, a colisão entre duas embarcações, um navio-tanque de 182 metros de comprimentos que transportava petróleo e um navio-guindaste que rebocava uma barcaça, causou o vazamento de 1.700 toneladas de petróleo em Port Arthur, a 150 quilômetros de Houston.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,principais-vazamentos-de-petroleo-no-mundo-e-nos-estados-unidos,545094,0.htm

EUA: vazamento de petróleo foi o dobro do estimado inicialmente



Pelicanos cobertos de oleo resgatados da costa da Louisiana

NOVA ORLEANS, EUA — Autoridades americanas estimam que o vazamento de petróleo no Golfo do México seja mais do que o dobro das cifras apontadas desde o afundamento da plataforma da BP, que, na sexta-feira, anunciou que estuda cortar os pagamentos de dividendos a seus acionistas.

Cerca de 40.000 barris de petróleo - em torno de 6,4 milhões de litros ou 5.260 toneladas - estão sendo derramados diariamente no Golfo do México devido aos danos no poço da BP, segundo a estimativa de cientistas apresentada na quinta-feira por Marcia McNutt, diretora do Instituto Geológico dos Estados Unidos, encarregada da equipe que avalia o nível do derramamento.

Essa medição foi realizada antes de a BP colocar, em 3 de junho, um funil destinado a conter o vazamento que causa a mancha de óleo. O cálculo anterior da equipe dava conta de um derramamento de 12.000 a 19.000 barris de petróleo diários.

O presidente Barack Obama criticou energicamente nesta semana o gigante de petróleo, afirmando desejar saber "de quem deveria chutar o traseiro" neste caso.

A rejeição em Washington da BP preocupa os líderes empresariais e a classe política de Londres, enquanto as ações da BP - parte da carteira de muitos fundos de pensão - caem devido à inquietação sobre o crescente custo da operação de limpeza no Golfo.

Os investidores temem que as críticas obriguem a BP a suspender o pagamento de dividendos, que representam uma fonte de sustento para milhões de aposentados detentores de ações do grupo, cuja cotação caiu cerca de 50% desde a explosão em 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon, que deixou 11 operários mortos e derivou, dois dias depois, no naufrágio da estrutura de prospecção e a avaria do poço que deu início à catástrofe.

Nesse contexto, Obama convocou uma reunião para a próxima quarta-feira na Casa Branca com o presidente do Conselho de Administração do grupo, Carl-Henric Svanberg, e outros líderes da companhia.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hCeo6NGcwPslttUUPn-7QDVMOdiA

terça-feira, 1 de junho de 2010

" PETRÓLEO " no PREÇO atual '

Se o preço do petróleo permanecer nos patamares atuais ao longo dos próximos anos, o Brasil terá o cenário ideal para investir na produção de etanol e biodiesel e faturar com a exportação desses combustíveis. A conclusão é de um estudo encomendado pelo NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos, ligado à Presidência da República), que aponta que os biocombustíveis serão economicamente viáveis se o petróleo continuar acima de US$ 40 por barril.
O trabalho, coordenado pelo economista Helder Pinto Júnior, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), será usado pelo governo federal para definir as políticas voltadas à produção de etanol e biodiesel. A pesquisa faz parte de uma série de avaliações feitas pelo NAE através do Projeto Brasil 3 Tempos, que traça perspectivas para o país para 2007, 2015 e 2022.

O estudo do professor da UFRJ analisa a viabilidade econômica dos biocombustíveis a partir de três projeções do preço do barril do petróleo para 2022: abaixo de US$ 40; entre US$ 40 e US$ 80; e acima de US$ 80. "Com a recente alta do petróleo - que aumentou de US$ 23, US$ 24 por barril, em 2003, para US$ 60 -, todos os países perceberam a necessidade de rever suas matrizes energéticas, de implantar uma matriz menos dependente do petróleo. Mas a transição dessa matriz está diretamente relacionada ao custo. Por isso foi usado o preço do petróleo nas projeções", explica o economista.

No primeiro cenário projetado, com o petróleo abaixo de US$ 40 por barril em 2022, essa transição para uma matriz energética mais limpa seria postergada, de acordo com o estudo. A esse preço, a implantação dos biocombustíveis dependeria de subsídios governamentais, "o que não faz o menor sentido", afirma o professor. "Não dá para deixar de investir em saúde e educação para aplicar o dinheiro em um recurso que vai beneficiar os 15% da população de maior renda. A não ser que haja restrições ambientais, nesse caso a transição levaria mais tempo", completa.

A segunda projeção é a melhor para o Brasil, com o preço do barril oscilando entre US$ 40 e US$ 80. Nesse caso, haveria uma tendência de os países usarem o álcool e o biodiesel como alternativas aos derivados de petróleo, inclusive importando esses combustíveis. "Com esse cenário, o Brasil teria uma grande oportunidade para se tornar o líder mundial na produção de biocombustíveis. No álcool, nenhum país tem a experiência brasileira, mais de 30 anos produzindo. A produtividade do interior paulista é imbatível. O Brasil tem vocação para assumir essa liderança", afirma. O terceiro cenário, com o preço acima de US$ 80 por barril, também favoreceria o Brasil, mas criaria um risco. O alto custo do petróleo poderia desencadear uma corrida tecnológica nos países pelos chamados biocombustíveis de segunda geração - produzidos a partir de resíduos de celulose, como palha ou bagaço de cana -, o que reduziria o mercado para o álcool e o biodiesel brasileiros.

Mas, independentemente dos rumos do preço do petróleo, o Brasil precisa começar agora a planejar as políticas estratégicas para os biocombustíveis, afirma o economista. "Temos que estar preparados para quando o mercado dos biocombuistíveis explodir. Temos uma janela enorme escancarada e não podemos deixar passar a oportunidade", destaca.

Petróleo no mundo !


Quanto tempo vai durar o petróleo no mundo?
A estimativa depende da descoberta de novas reservas, do aumento da produtividade nos poços e da evolução do consumo no mundo !



Se tudo ficar como está hoje, o petróleo vai durar mais 40 anos. Para chegar a esse resultado, fomos atrás do total de reservas no mundo – 1,2 trilhão de barris segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Em seguida, dividimos esse valor pela média de produção – 81 milhões de barris por dia. Nos cálculos, consideramos apenas as reservas provadas, sem levar em conta projetos ainda em avaliação, como a reserva brasileira de Tupi.

Outro fator que pode dar uma sobrevida ao combustível é a melhora das tecnologias de extração. “Nunca imaginamos tirar petróleo em bacias com mais de 7 mil metros de profundidade. Hoje, isso já é possível”, diz o geólogo Chang Kiang, da Unesp.

PANE SECA
Saiba quando as reservas de óleo de alguns países podem se esgotar

IRAQUE
Estimativa de duração:158 anos
Produção, em milhões de barris por dia: 1,9
Reservas, em bilhões de barris:115

A invasão americana do país provocou uma baixa na produção de petróleo de 1 milhão de barris por dia – cinco vezes a produção diária da Itália! Só para ter uma idéia, em cada barril cabem 159 litros de petróleo. São, portanto, 159 milhões de litros de petróleo a menos, o que daria pra encher cinco "piscinões de Ramos”.

ARÁBIA SAUDITA
Estimativa de duração: 67 anos
Produção, em milhões de barris por dia: 10,8
Reservas, em bilhões de barris: 264,3

De longe, a Arábia possui as maiores reservas do mundo. São 264 bilhões de barris, praticamente o dobro do vicelíder, Irã, que possui “apenas” 137 bilhões. Tudo isso porque a placa de solo sobre a qual a Arábia está continuamente colidindo com a placa eurasiana. Esse movimento cria dobras no subsolo, gerando vãos onde o óleo se acumula.

RÚSSIA
Estimativa de duração: 22 anos
Produção, em milhões de barris por dia: 9,7
Reservas, em bilhões de barris: 79,5

A Rússia é hoje a maior produtora de petróleo cru, porção mais pesada do líquido, de onde são retirados a gasolina e o óleo diesel, por exemplo. Em julho de 2007, a Rússia pediu à ONU que incluísse em seu território 119 km2 do círculo ártico, área disputada por outros sete países que contém em seu subsolo 400 bilhões de barris.

BRASIL
Estimativa de duração: 18 anos
Produção, em milhões de barris por dia: 1,8
Reservas, em bilhões de barris: 12,2

O campo de Tupi, recém-descoberto na bacia de Santos, vai colocar o Brasil na lista das dez maiores reservas do mundo. Do atual 24º lugar, nosso país vai pular para a oitava ou nona posição. Outro país da América do Sul, a Argentina, tem reservas de apenas 2 bilhões de barris, suficientes para mais oito anos.

EUA
Estimativa de duração: 7 anos
Produção, em milhões de barris por dia: 6,8
Reservas, em bilhões de barris: 17,1

Os EUA são os maiores devoradores de petróleo do mundo, consumindo em média 20 milhões de barris por dia, 14 milhões a mais do que a China, segunda colocada. Cada americano gasta em média 8 toneladas de petróleo por ano, média que foi triplicada nos últimos 30 anos! Os combustíveis alternativos ainda são raridade por lá.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Principais vazamentos de petróleo nos EUA


Veja os principais vazamentos de petróleo registrados nos EUA

A maré negra que atingiu a costa do Estado americano de Louisiana e que ameaça gerar "uma catástrofe nacional" é uma das maiores registradas nos Estados Unidos.
Entre as tragédias mais graves deste tipo no mundo destaca-se a que aconteceu em 24 de março de 1989, envolvendo a embarcação americana Exxon Valdez.
O petroleiro se chocou contra um recife, no Alasca, o que gerou um vazamento de 42 mil t de petróleo, causando uma maré negra de 6 mil km² e que, até o momento, foi o maior desastre ambiental na história dos EUA.
Já em 3 de junho de 1979, a plataforma mexicana Ixtoc 1 se rompeu na Baía de Campeche (México) e derramou 420 mil t de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou durante mais de um ano as costas de uma área de mais de 1,6 mil km².
Em agosto de 1994, a ruptura de um oleoduto na República Autônoma dos Komi, no norte da Rússia, causou uma catástrofe ambiental de grandes dimensões, com um vazamento de entre 200 mil e 300 mil toneladas de petróleo sobre os campos de Usinsk e os rios Usa e Kolva.
A maior maré negra do último ano aconteceu no dia 21 de agosto de 2009, no Mar do Timor, causada por um vazamento de 450 t de gás e petróleo de duas plataformas da companhia PTTEP Australasia.
Foi formada uma maré negra que cobriu 10 mil km² no sudeste asiático.
Além destas tragédias causadas por acidentes, entre os maiores vazamentos de petróleo da história foi provocado pelo Governo do Iraque, que em janeiro de 1991 jogou no Golfo Pérsico mais de 1 milhão de t de óleo dos poços do Kuwait para dificultar o desembarque aliado. A mancha negra se estendeu a cerca de 3,2 mil km² e causou enormes danos ecológicos.
Nos últimos 40 anos, os EUA sofreram várias marés negras grandes, além da causada pelo desastre do Exxon Valdez.
No dia 29 de março de 1971 o petroleiro americano Texaco Oklahoma naufragou a cem milhas de cabo Hatteras, na costa leste do EUA, o que causou um vazamento de 32,9 mil t de petróleo.
No dia 6 de março de 1990, a embarcação Cibro Savannah explodiu e pegou fogo em Linden, no estado de New Jersey, e causou um vazamento de mais 32 t de hidrocarbonetos.
Três meses depois, no dia 8 de junho, o petroleiro Mega Borg derramou 20,5 mil t de petróleo em Galveston, no sudeste do Texas.
Já no dia 16 de setembro, também de 1990, o petroleiro Júpiter pegou fogo em City Bay, Michigan.
No dia 10 de agosto de 1993, três navios bateram na Baía de Tampa, na Flórida, entre eles o Bouchard, que derramou mais de 84 t de óleo.
Mais recentemente, no dia 7 de novembro de 2007, o cargueiro sul-coreano Cosco Busan, de quase 280 m de comprimento, se chocou contra a base da ponte que une San Francisco à cidade de Oakland por causa de um denso nevoeiro. Foram derramadas mais de 132 t de petróleo.
Já em 2010, no dia 23 de janeiro, a colisão entre duas embarcações, um navio-tanque de 182 m de comprimentos que transportava petróleo e um navio-guindaste que rebocava uma barcaça, causou o vazamento de 1,7 mil t de petróleo em Port Arthur, a 150 km de Houston.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4407836-EI8141,00-Veja+os+principais+vazamentos+de+petroleo+registrados+nos+EUA.html

Tipos de petróleo

Aqui estão os tipos de petróleo
- Petróleo Brent: petróleo produzido na região do Mar do Norte, provenientes dos sistemas de exploração petrolífera de Brent e Ninian. É o petróleo na sua forma bruta (crú) sem passar pelo sistema de refino.
- Petróleo Light: petróleo leve, sem impurezas, que já passou pelo sistema de refino.
- Petróleo Naftênico: petróleo com grande quantidade de hidrocarbonetos naftênicos.
- Petróleo Parafínico: petróleo com grande concentração de hidrocarnonetos parafínicos.
- Petróleo Aromático: com grande concentração de hidrocarbonetos aromáticos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O petróleo no Brasil



No Brasil, a primeira sondagem foi realizada no município de Bofete no estado de São Paulo, entre 1892 e 1896, por iniciativa Eugênio Ferreira de Camargo. Foi responsável pela primeira perfuração, até à profundidade de 488 metros, que teve como resultado apenas água sulfurosa.
Em 1932 foi instalada a primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria Rio-grandense de Petróleo, em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo importado do Chile, entre outros países.
Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia.
Desde os anos 1930 o tema do petróleo foi amplamente discutido no Brasil, polarizado entre os que defendiam o monopólio da União e os que defendiam a participação da iniciativa privada na exploração petrolífera. Entretanto, naquele período, o país ainda dependia das empresas privadas multinacionais para todas as etapas da exploração petrolífera, desde a extração, refino até a distribuição de combustíveis.

Após a Segunda Guerra Mundial iniciou-se no país um grande movimento em prol da nacionalização da produção petrolífera. Naquela época o Brasil era um grande importador de petróleo e as reservas brasileiras eram pequenas, quase insignificantes. Mesmo assim diversos movimentos sociais e setores organizados da sociedade civil mobilizaram a campanha "O petróleo é nosso!", que resultou na criação da Petrobrás em 1953, no segundo Governo de Getúlio Vargas. A Lei 2.004 de 3 de outubro de 1953 também garantia ao Estado o monopólio da extração de petróleo do subsolo, que foi incorporado como artigo da Constituição de 1967 (Carta Política de 1967) através da Emenda nº 1, de 1969. O monopólio da União foi eliminado nos anos 1990, com a EC 9/1995 que modificou o Art. 177 da Constituição Federal.
Após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás modificou sua estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias internacionais e a exploração de campos mais rentáveis no exterior. Entretanto, naquela época o Brasil importava 90% do petróleo que consumia e o novo patamar de preços tornou mais interessante explorar petróleo nas áreas de maior custo do país, e a Petrobrás passou a procurar petróleo em alto mar. Em 1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos, confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976.
Poço de petróleo em Paraguaçu Paulista.
Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção petrolífera nacional nos anos 2000.
Em 2007 a Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos. O primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e alguns poços como Tupi estão em fase de teste, devendo inicia a produção comercial em 2010.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo

Petróleo no oriente médio

Carissimos, desculpe-me por não enviar postagem nessa semana, mas não tive tempo... Eu ainda estou conseguindo mais arquivos para mandar.. então desfrutem dessa postagem!

Há apenas uns poucos meses atrás, economistas do petróleo estavam a debater se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo teria poder para manter os preços em torno dos US$20/barril. Havia conversas acerca da crescente procura de petróleo devido à nova prosperidade económica da China, mas a antiga percepção de que a oferta deve sempre igualar a procura num mercado aberto a funcionar adequadamente geralmente permaneceu intacta. Reconhecidamente, a verificação de que a produção da América do Norte estava em declínio inexorável, significava que a necessidade de importações crescentes não iria diminuir. A crescente dependência em relação ao petróleo do Médio Oriente levantou algumas preocupações, pois os países daquela região são habitualmente retratados como "politicamente instáveis". Alguns observadores concluíram que deve ter havido uma agenda petrolífera por trás da invasão do Iraque, como pareceu confirmar-se quando as armas de destruição em massa, as quais haviam sido apresentadas como a justificação para a guerra, revelaram-se não existentes. Ultrapassados aqueles dias o mundo enfrenta preços do petróleo em torno do dobro do nível anterior. Na verdade, US$50/barril está quase a ser visto mais como um piso do que um teto. Se fosse simplesmente uma questão de tomar o controle do Médio Oriente pela diplomacia ou de outras formas, os preços do petróleo podiam retornar aos níveis tradicionais e permitir aos EUA importar o que necessitasse, mas o que se passaria se o Médio Oriente revelasse ter menos petróleo do que habitualmente se imagina? As reservas de petróleo nestes países são efectivamente segredos de Estado, de modo que é impossível verificar as reservas provadas que são apresentadas nos relatórios habituais das bolsas. Existem várias bases de dados da indústria, mas elas pouco mais podem fazer do que relatar a informação oficial uma vez que elas próprias não estão em posição de avaliar os parâmetros geológicos ou de engineering em pormenor.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

No fim, talvez a história proporcione a melhor esperança de fazer uma estimativa realista daquilo que esta região sempre tão crítica pode possuir. Examinando números antigos de Oil & Gas Journal descobrimos que o Kuwait relatou reservas de 65 mil milhões de barris em 1980. Ele havia produzido 20,28 mil milhões de barris até aquele momento, o que significa que um total de cerca de 85 mil milhões fora descoberto. Grande parte dele jaz no famoso campo de Burgan, descoberto em 1928, mas também havia um certo número de campos de dimensão gigantesca. Em 1984 a produção acumulada do Kuwait elevou-se para 21,53 mil milhões de barris, o que explica porque as reservas relatadas caíram para 64 mil milhões, uma vez que não houve descobertas significativas nesse intervalo de tempo. Contudo, em 1985 o Kuwait anunciou um aumento maciço de reservas em relação aos seus relatórios anteriores, de milhares de milhões de barris. Mas este quantitativo era próximo ao total descoberto, assumindo um factor de recuperação ligeiramente mais generoso. Foi sugerido que uma das razões para este súbito aumento foi um novo procedimento da OPEP segundo o qual as quotas de produção eram baseadas parcialmente nas reservas relatadas. O Iraque certamente ficou desagradado com a acção do Kuwait e institui procedimentos legais para a consequente perda de rendimentos, mas os outros países membros da OPEP não adoptaram qualquer acção imediata especial. Em 1987 o Kuwait acrescentou uns outros 2 mil milhões de barris, elevando o total relatado das suas reservas a 92 mil milhões, as quais pareciam ter levado ao extremo a tolerância dos seus vizinhos, os quais foram então forçados a reagir. Uma solução simples era relatar aproximadamente os mesmos números do Kuwait. Consequentemente, em 1988 o Abu Dhabi saiu-se precisamente com os mesmos 92 mil milhões de barris relatados pelo Kuwait, um salto de 31 mil milhões em relação ao que fora relatado no ano anterior; o Irão fez ainda melhor, relatando 93 mil milhões de barris, um salto de 49 mil milhões; ao passo que o Iraque, para não ser ultrapassado, saiu-se com um número redondo de 100 mil milhões de barris, um salto de 47 mil milhões. Mas a Arábia Saudita enfrentava a dificuldade de não ser capaz de equiparar-se ao Kuwait pois já estava a relatar mais. Ela ponderou a sua decisão durante mais dois anos antes de anunciar um aumento maciço dos 170 mil milhões de barris para 258 mil milhões, presumivelmente tendo decidido seguir o precedente do Kuwait quando relatou o total descoberto (também descrito como "reservas originais"), e não reservas remanescentes. Vale a pena notar que a Zona Neutra, que é partilhada pelo Kuwait e pela Arábia Saudita, não anunciou tal aumento, presumivelmente porque os seus dois proprietários não tinham motivos comuns para faze-lo. A Venezuela, do outro lado do mundo, foi obrigada a equiparar-se a estes eventos no Médio Oriente, aumentando as suas reservas relatadas para 56 mil milhões de barris em relação aos 25 mil milhões relatados em 1988. Justificou o movimento com a inclusão de petróleo não convencional, que até então não era contado. O que foi dito acima explica porque as reservas relatadas destes países pouco mudaram desde então, apesar da produção substancial. Tais acréscimos, tal como têm sido relatados, podem reflectir novas descobertas genuínas ou melhorias nas suposições acerca da recuperação.

A ERA DO PETRÓLEO

Presentemente o total relatado das reservas deste cinco países do Médio Oriente é de 696 mil milhões de barris, e a produção até à data é de 255 mil milhões de barris (incluindo a Zona Neutra e as perdas na guerra do Kuwait). Mas se os 696 mil milhões de barris representam o total das reservas descobertas, como sugere o argumento acima, isto significa que as reservas reais são de apenas 441 mil milhões de barris. A OGJ estima a reservas mundiais de petróleo para 2004 em 1.278 mil milhões de barris. Se removermos a anomalia do Médio Oriente acima discutida e os 179 mil milhões que foram acrescentados em 2003 relativos às areas petrolíferas canadianas, chegamos a um novo, mais realista, total mundial de 853 mil milhões de barris. Umas 65 estimativas publicadas da recuperação final (ultimate recovery) de petróleo convencional apresentam uma média de 1.930 mil milhões de barris. O mundo até então produziu 944 mil milhões de barris, e reservas realistas na base acima estabelecem-se nos 853 mil milhões de barris, o que significa que há 133 mil milhões de barris ainda por descobrir se aceitarmos aquela recuperação final. Novas descobertas, especialmente de campos gigantes críticos, têm estado a cair durante 40 anos, como confirmado pela ExxonMobil Corp. ao reduzir as reservas para menos de 10 mil milhões no ano passado. Isto sugere que na generalidade este cálculo não é incorrecto. Isto soa como se o mundo tivesse utilizado cerca de 49% da sua dotação de petróleo convencional, o que significa que está agora próximo ao ponto médio do esgotamento, o qual normalmente corresponde ao pico da produção. O próprio pico não é um evento particularmente significativo, mas a implacável inclinação declinante que se segue certamente o é. Podemos dizer, por outras palavras, que o mundo atingiu o fim da Primeira Metade da Era do Petróleo, o qual perdurou por 150 anos desde que os primeiros poços foram perfurados na Pennsylvania e nas margens do Mar Cáspio. Este período assistiu à expansão rápida da indústria, dos transportes, do comércio, da agricultura e do capital financeiro, possível em grande parte pela oferta da energia abundante e barata com base no petróleo. A população mundial expandiu-se seis vezes em paralelo com o petróleo. Agora, inicia-se a Segunda Metade da Era do Petróleo. Ela será marcada pelo declínio da produção petrolífera, e tudo depende dele. A transição provavelmente será um tempo de grande tensão e dificuldade, particularmente em relação ao capital financeiro. O capital foi gerado durante a Primeira Metade da Era do Petróleo com base na confiança de que a expansão de amanhã proporcionará a garantia (collateral) para a dívida de hoje. Segue-se que o sistema fracassará durante a Segunda Metade se o declínio do petróleo minar o espaço para a expansão. Isto parece um assunto sério, sublinhando a necessidade de maior transparência no relato das reservas. A ênfase está na palavra relato, pois os engenheiros agora podem fazer boas estimativas da dimensão de um campo petrolífero já no princípio da sua vida, especialmente com a ajuda de todos os avanços notáveis de tecnologia e de conhecimento. Mas assuntos sérios muitas vezes não são populares, o que explica porque muitas pessoas, incluindo aquelas no governo, podem preferir não saber.


Fonte: http://resistir.info/energia/campbell_04abr05.html

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Residuos e Meio Ambiente

Antes de começar a trazer notícias, vamos nos familiarizar com esse tema que é de grande importancia... Leiam e ate o proximo post...

O primeiro impacto da exploração do petróleo, ocorre quando do estudo sísmico. Esse estudo permite a identificação de estruturas do subsolo, e seu princípio tem como base a velocidade de propagação do som e suas reflexões nas diversas camadas do subsolo. Em terra os dados sísmicos são coletados por meio de uma rede de microfones no solo, que receberão o retorno das ondas sonoras provocadas por explosões efetuadas na superfície. São abertas trilhas para a colocação dos microfones, instalados acampamentos e provocadas explosões para a emissão das ondas sonoras. No caso do mar, essas explosões são efetuadas em navios com canhões de ar comprimido, com o arraste de microfones na superfície da água.

Junto com toda a produção de petróleo, existe uma produção de água, cuja quantidade dependerá das características dos mecanismos naturais ou artificiais de produção, e das características de composição das rochas reservatórios.Essa água produzida da rocha reservatório, é identificada pela sua salinidade e composição destes sais, normalmente sias de magnésio e estrôncio.

Para manter as condições de pressão na rocha reservatório (fundamentais para a migração do petróleo para os poços, pode ser efetuada uma operação de injeção de água nas camadas inferiores da rocha reservatório, e ou gás nas camadas superiores). Para impedir a precipitação de sais nos poros das rochas no subsolo, muitas vezes são utilizados produtos químicos que são injetados no subsolo, o que implica na existência destes produtos nas localidades de produção, e seus cuidados relativos a sua presença no meio ambiente. Cuidados especiais devem ser tomados com o descarte destas águas produzidas.

Durante a perfuração de poços de petróleo, usa-se um fluído de perfuração, cuja composição química induz a comportamentos físico químicos desejados, para permitir um equilíbrio entre as pressões das formações e a pressão dentro dos poços. Esse equilíbrio é fundamental impedindo que o fluído de perfuração invada a formação de petróleo danificando a capacidade produtiva do poço, bem como impedir que o reservatório de petróleo possa produzir de forma descontrolada para dentro do poço, provocando o que é chamado de kick de óleo ou gás. Para o controle destes fluídos de perfuração são usados aditivos a lama de perfuração, normalmente baritina e outras argilas. É de fundamental importância que esses fluídos e produtos sejam devidamente armazenados e manipulados, evitando com isso um impacto ecológico localizado.

Também para análise das formações atravessadas pelo poço perfurado, utliza-se ferramentas de perfilagem radioativas e todo o cuidado tanto com os fluídos utilizados para amortecimento dos poços como com a manipulação, transporte e armazenagem dessas ferramentas, deve ser tomado.

Das operações de tratamento do petróleo resultam resíduos oleosos que, mesmo em pequenas quantidades, recebem cuidados. Inovações tecnológicas vem permitindo a reutilização de efluentes líquidos resultantes das operações de produção.

Os cuidados no refino, são muito importantes. As refinarias tem desenvolvido sistemas de tratamento para todos os efluentes.

Chaminés, filtros e outros dispositivos evitam a emissão de gases, vapores e poeiras para a atmosfera; unidades de recuperação retiram o enxofre dos gases, cuja queima produziria dióxido de enxofre, um dos principais poluentes dos centros urbanos.

Os despejos líquidos são tratados por meio de processos físico-químicos e biológicos. Além de minimizar a geração de resíduos sólidos, as refinarias realizam coleta seletiva, que permite a reciclagem para utilização própria ou a venda a terceiros.

O resíduo não-reciclado é tratado em unidades de recuperação de óleo e de biodegradação natural, onde micoorganismos dos solos degradam os resíduos oleosos.Outros resíduos sólidos são enclausurados em aterros industriais constantemente controlados e monitorados.

As refinarias vem sendo renovadas para processar petróleos brasileiros com baixo teor de enxofre, que dão origem a combustíveis menos poluentes.


Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./energia/petroleo/index.html&conteudo=./energia/petroleo/petroleo.html

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Oque é, e de onde o petróleo surgio?

Olá pessoal, essa é a primeira postagem do Blog. E é com imensa alegria que inicio explicando a vocês, oque é, e qual a origem do petróleo. Ao longo das semanas postaremos mais, e colocaremos noticias sobre acontecimentos ressentes.

O petróleo é um líquido oleoso, cuja cor varia segundo a origem, oscilando do negro ao âmbar. É encontrado no subsolo, em profundidades variáveis (podem haver acumulações tanto a poucos metros da superfície terrestre, quanto a mais de 3 mil metros de profundidade).

Na natureza quando encontrado está nos poros das rochas, chamadas de rochas reservatórios, cuja permeabilidade irá permitir a sua produção. Permeabilidade e porosidade são duas propriedades características de rochas sedimentares, motivo pelo qual as bacias sedimentares são os principais locais de ocorrência. Porosidade é uma característica física, definida como o percentual entre volume vazio e o volume total das rochas. Permeabilidade é a característica física relacionada com a intercomunicação entre os espaços vazios, e permite que ocorra a vazão de fluidos no meio poroso. Na natureza as rochas sedimentares são as mais porosas, e quando possuem permeabilidade elevada, formam o par ideal para a ocorrência de reservatórios de petróleo economicamente exploráveis. O Petróleo por possuir uma densidade média de 0,8, inferior a das rochas que constituem o subsolo, tende a migrar para a superfície provocando os clássicos casos de exudações (os egípcios utilizaram esse óleo como fonte de energia, como remédio e matéria prima para os processos de embalsamento). Se no caminho para a superfície encontra uma estrutura impermeável (armadilha), que faça o seu confinamento e impeça a sua migração, acaba formando um reservatório de petróleo. Vale salientar que esse processo ocorre lentamente (alguns milhares de anos), e gota a gota.

Diversas teorias tentam explicar a origem do petróleo. Atualmente, a mais aceita entre os geólogos é a de que seja oriundo de substâncias de natureza orgânica.

Com base na teoria orgânica da origem do petróleo, o mesmo deverá ser encontrado com maior probabilidade nas áreas em que, no decorrer de diferentes eras geológicas, houve deposição de rochas sedimentares e acumulação de restos orgânicos.Fica então, praticamente excluída a possibilidade da presença de petróleo nas rochas ígneas e metamórficas, porém, a confirmação só é possível com a perfuração.


Fonte: http://brasiloffshore.wordpress.com/2009/02/12/o-que-e-petroleo/