terça-feira, 25 de maio de 2010

Principais vazamentos de petróleo nos EUA


Veja os principais vazamentos de petróleo registrados nos EUA

A maré negra que atingiu a costa do Estado americano de Louisiana e que ameaça gerar "uma catástrofe nacional" é uma das maiores registradas nos Estados Unidos.
Entre as tragédias mais graves deste tipo no mundo destaca-se a que aconteceu em 24 de março de 1989, envolvendo a embarcação americana Exxon Valdez.
O petroleiro se chocou contra um recife, no Alasca, o que gerou um vazamento de 42 mil t de petróleo, causando uma maré negra de 6 mil km² e que, até o momento, foi o maior desastre ambiental na história dos EUA.
Já em 3 de junho de 1979, a plataforma mexicana Ixtoc 1 se rompeu na Baía de Campeche (México) e derramou 420 mil t de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou durante mais de um ano as costas de uma área de mais de 1,6 mil km².
Em agosto de 1994, a ruptura de um oleoduto na República Autônoma dos Komi, no norte da Rússia, causou uma catástrofe ambiental de grandes dimensões, com um vazamento de entre 200 mil e 300 mil toneladas de petróleo sobre os campos de Usinsk e os rios Usa e Kolva.
A maior maré negra do último ano aconteceu no dia 21 de agosto de 2009, no Mar do Timor, causada por um vazamento de 450 t de gás e petróleo de duas plataformas da companhia PTTEP Australasia.
Foi formada uma maré negra que cobriu 10 mil km² no sudeste asiático.
Além destas tragédias causadas por acidentes, entre os maiores vazamentos de petróleo da história foi provocado pelo Governo do Iraque, que em janeiro de 1991 jogou no Golfo Pérsico mais de 1 milhão de t de óleo dos poços do Kuwait para dificultar o desembarque aliado. A mancha negra se estendeu a cerca de 3,2 mil km² e causou enormes danos ecológicos.
Nos últimos 40 anos, os EUA sofreram várias marés negras grandes, além da causada pelo desastre do Exxon Valdez.
No dia 29 de março de 1971 o petroleiro americano Texaco Oklahoma naufragou a cem milhas de cabo Hatteras, na costa leste do EUA, o que causou um vazamento de 32,9 mil t de petróleo.
No dia 6 de março de 1990, a embarcação Cibro Savannah explodiu e pegou fogo em Linden, no estado de New Jersey, e causou um vazamento de mais 32 t de hidrocarbonetos.
Três meses depois, no dia 8 de junho, o petroleiro Mega Borg derramou 20,5 mil t de petróleo em Galveston, no sudeste do Texas.
Já no dia 16 de setembro, também de 1990, o petroleiro Júpiter pegou fogo em City Bay, Michigan.
No dia 10 de agosto de 1993, três navios bateram na Baía de Tampa, na Flórida, entre eles o Bouchard, que derramou mais de 84 t de óleo.
Mais recentemente, no dia 7 de novembro de 2007, o cargueiro sul-coreano Cosco Busan, de quase 280 m de comprimento, se chocou contra a base da ponte que une San Francisco à cidade de Oakland por causa de um denso nevoeiro. Foram derramadas mais de 132 t de petróleo.
Já em 2010, no dia 23 de janeiro, a colisão entre duas embarcações, um navio-tanque de 182 m de comprimentos que transportava petróleo e um navio-guindaste que rebocava uma barcaça, causou o vazamento de 1,7 mil t de petróleo em Port Arthur, a 150 km de Houston.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4407836-EI8141,00-Veja+os+principais+vazamentos+de+petroleo+registrados+nos+EUA.html

Tipos de petróleo

Aqui estão os tipos de petróleo
- Petróleo Brent: petróleo produzido na região do Mar do Norte, provenientes dos sistemas de exploração petrolífera de Brent e Ninian. É o petróleo na sua forma bruta (crú) sem passar pelo sistema de refino.
- Petróleo Light: petróleo leve, sem impurezas, que já passou pelo sistema de refino.
- Petróleo Naftênico: petróleo com grande quantidade de hidrocarbonetos naftênicos.
- Petróleo Parafínico: petróleo com grande concentração de hidrocarnonetos parafínicos.
- Petróleo Aromático: com grande concentração de hidrocarbonetos aromáticos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O petróleo no Brasil



No Brasil, a primeira sondagem foi realizada no município de Bofete no estado de São Paulo, entre 1892 e 1896, por iniciativa Eugênio Ferreira de Camargo. Foi responsável pela primeira perfuração, até à profundidade de 488 metros, que teve como resultado apenas água sulfurosa.
Em 1932 foi instalada a primeira refinaria de petróleo do país, a Refinaria Rio-grandense de Petróleo, em Uruguaiana, a qual utilizava petróleo importado do Chile, entre outros países.
Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto óleo em Lobato (Salvador), no estado da Bahia.
Desde os anos 1930 o tema do petróleo foi amplamente discutido no Brasil, polarizado entre os que defendiam o monopólio da União e os que defendiam a participação da iniciativa privada na exploração petrolífera. Entretanto, naquele período, o país ainda dependia das empresas privadas multinacionais para todas as etapas da exploração petrolífera, desde a extração, refino até a distribuição de combustíveis.

Após a Segunda Guerra Mundial iniciou-se no país um grande movimento em prol da nacionalização da produção petrolífera. Naquela época o Brasil era um grande importador de petróleo e as reservas brasileiras eram pequenas, quase insignificantes. Mesmo assim diversos movimentos sociais e setores organizados da sociedade civil mobilizaram a campanha "O petróleo é nosso!", que resultou na criação da Petrobrás em 1953, no segundo Governo de Getúlio Vargas. A Lei 2.004 de 3 de outubro de 1953 também garantia ao Estado o monopólio da extração de petróleo do subsolo, que foi incorporado como artigo da Constituição de 1967 (Carta Política de 1967) através da Emenda nº 1, de 1969. O monopólio da União foi eliminado nos anos 1990, com a EC 9/1995 que modificou o Art. 177 da Constituição Federal.
Após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás modificou sua estratégia de exploração petrolífera, que até então priorizava parcerias internacionais e a exploração de campos mais rentáveis no exterior. Entretanto, naquela época o Brasil importava 90% do petróleo que consumia e o novo patamar de preços tornou mais interessante explorar petróleo nas áreas de maior custo do país, e a Petrobrás passou a procurar petróleo em alto mar. Em 1974 a Petrobrás descobre indícios petróleo na Bacia de Campos, confirmados com a perfuração do primeiro poço em 1976.
Poço de petróleo em Paraguaçu Paulista.
Desde então esta região da Bacia de Campos tornou-se a principal região petrolífera do país, chegando a responder por mais de 2/3 do consumo nacional até o início dos anos 1990, e ultrapassando 90% da produção petrolífera nacional nos anos 2000.
Em 2007 a Petrobrás anunciou a descoberta de petróleo na camada denominada Pré-sal, que posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de espessa camada de sal (rocha salina) e englobando as bacias sedimentares do Espírito Santo, de Campos e de Santos. O primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e alguns poços como Tupi estão em fase de teste, devendo inicia a produção comercial em 2010.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo

Petróleo no oriente médio

Carissimos, desculpe-me por não enviar postagem nessa semana, mas não tive tempo... Eu ainda estou conseguindo mais arquivos para mandar.. então desfrutem dessa postagem!

Há apenas uns poucos meses atrás, economistas do petróleo estavam a debater se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo teria poder para manter os preços em torno dos US$20/barril. Havia conversas acerca da crescente procura de petróleo devido à nova prosperidade económica da China, mas a antiga percepção de que a oferta deve sempre igualar a procura num mercado aberto a funcionar adequadamente geralmente permaneceu intacta. Reconhecidamente, a verificação de que a produção da América do Norte estava em declínio inexorável, significava que a necessidade de importações crescentes não iria diminuir. A crescente dependência em relação ao petróleo do Médio Oriente levantou algumas preocupações, pois os países daquela região são habitualmente retratados como "politicamente instáveis". Alguns observadores concluíram que deve ter havido uma agenda petrolífera por trás da invasão do Iraque, como pareceu confirmar-se quando as armas de destruição em massa, as quais haviam sido apresentadas como a justificação para a guerra, revelaram-se não existentes. Ultrapassados aqueles dias o mundo enfrenta preços do petróleo em torno do dobro do nível anterior. Na verdade, US$50/barril está quase a ser visto mais como um piso do que um teto. Se fosse simplesmente uma questão de tomar o controle do Médio Oriente pela diplomacia ou de outras formas, os preços do petróleo podiam retornar aos níveis tradicionais e permitir aos EUA importar o que necessitasse, mas o que se passaria se o Médio Oriente revelasse ter menos petróleo do que habitualmente se imagina? As reservas de petróleo nestes países são efectivamente segredos de Estado, de modo que é impossível verificar as reservas provadas que são apresentadas nos relatórios habituais das bolsas. Existem várias bases de dados da indústria, mas elas pouco mais podem fazer do que relatar a informação oficial uma vez que elas próprias não estão em posição de avaliar os parâmetros geológicos ou de engineering em pormenor.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

No fim, talvez a história proporcione a melhor esperança de fazer uma estimativa realista daquilo que esta região sempre tão crítica pode possuir. Examinando números antigos de Oil & Gas Journal descobrimos que o Kuwait relatou reservas de 65 mil milhões de barris em 1980. Ele havia produzido 20,28 mil milhões de barris até aquele momento, o que significa que um total de cerca de 85 mil milhões fora descoberto. Grande parte dele jaz no famoso campo de Burgan, descoberto em 1928, mas também havia um certo número de campos de dimensão gigantesca. Em 1984 a produção acumulada do Kuwait elevou-se para 21,53 mil milhões de barris, o que explica porque as reservas relatadas caíram para 64 mil milhões, uma vez que não houve descobertas significativas nesse intervalo de tempo. Contudo, em 1985 o Kuwait anunciou um aumento maciço de reservas em relação aos seus relatórios anteriores, de milhares de milhões de barris. Mas este quantitativo era próximo ao total descoberto, assumindo um factor de recuperação ligeiramente mais generoso. Foi sugerido que uma das razões para este súbito aumento foi um novo procedimento da OPEP segundo o qual as quotas de produção eram baseadas parcialmente nas reservas relatadas. O Iraque certamente ficou desagradado com a acção do Kuwait e institui procedimentos legais para a consequente perda de rendimentos, mas os outros países membros da OPEP não adoptaram qualquer acção imediata especial. Em 1987 o Kuwait acrescentou uns outros 2 mil milhões de barris, elevando o total relatado das suas reservas a 92 mil milhões, as quais pareciam ter levado ao extremo a tolerância dos seus vizinhos, os quais foram então forçados a reagir. Uma solução simples era relatar aproximadamente os mesmos números do Kuwait. Consequentemente, em 1988 o Abu Dhabi saiu-se precisamente com os mesmos 92 mil milhões de barris relatados pelo Kuwait, um salto de 31 mil milhões em relação ao que fora relatado no ano anterior; o Irão fez ainda melhor, relatando 93 mil milhões de barris, um salto de 49 mil milhões; ao passo que o Iraque, para não ser ultrapassado, saiu-se com um número redondo de 100 mil milhões de barris, um salto de 47 mil milhões. Mas a Arábia Saudita enfrentava a dificuldade de não ser capaz de equiparar-se ao Kuwait pois já estava a relatar mais. Ela ponderou a sua decisão durante mais dois anos antes de anunciar um aumento maciço dos 170 mil milhões de barris para 258 mil milhões, presumivelmente tendo decidido seguir o precedente do Kuwait quando relatou o total descoberto (também descrito como "reservas originais"), e não reservas remanescentes. Vale a pena notar que a Zona Neutra, que é partilhada pelo Kuwait e pela Arábia Saudita, não anunciou tal aumento, presumivelmente porque os seus dois proprietários não tinham motivos comuns para faze-lo. A Venezuela, do outro lado do mundo, foi obrigada a equiparar-se a estes eventos no Médio Oriente, aumentando as suas reservas relatadas para 56 mil milhões de barris em relação aos 25 mil milhões relatados em 1988. Justificou o movimento com a inclusão de petróleo não convencional, que até então não era contado. O que foi dito acima explica porque as reservas relatadas destes países pouco mudaram desde então, apesar da produção substancial. Tais acréscimos, tal como têm sido relatados, podem reflectir novas descobertas genuínas ou melhorias nas suposições acerca da recuperação.

A ERA DO PETRÓLEO

Presentemente o total relatado das reservas deste cinco países do Médio Oriente é de 696 mil milhões de barris, e a produção até à data é de 255 mil milhões de barris (incluindo a Zona Neutra e as perdas na guerra do Kuwait). Mas se os 696 mil milhões de barris representam o total das reservas descobertas, como sugere o argumento acima, isto significa que as reservas reais são de apenas 441 mil milhões de barris. A OGJ estima a reservas mundiais de petróleo para 2004 em 1.278 mil milhões de barris. Se removermos a anomalia do Médio Oriente acima discutida e os 179 mil milhões que foram acrescentados em 2003 relativos às areas petrolíferas canadianas, chegamos a um novo, mais realista, total mundial de 853 mil milhões de barris. Umas 65 estimativas publicadas da recuperação final (ultimate recovery) de petróleo convencional apresentam uma média de 1.930 mil milhões de barris. O mundo até então produziu 944 mil milhões de barris, e reservas realistas na base acima estabelecem-se nos 853 mil milhões de barris, o que significa que há 133 mil milhões de barris ainda por descobrir se aceitarmos aquela recuperação final. Novas descobertas, especialmente de campos gigantes críticos, têm estado a cair durante 40 anos, como confirmado pela ExxonMobil Corp. ao reduzir as reservas para menos de 10 mil milhões no ano passado. Isto sugere que na generalidade este cálculo não é incorrecto. Isto soa como se o mundo tivesse utilizado cerca de 49% da sua dotação de petróleo convencional, o que significa que está agora próximo ao ponto médio do esgotamento, o qual normalmente corresponde ao pico da produção. O próprio pico não é um evento particularmente significativo, mas a implacável inclinação declinante que se segue certamente o é. Podemos dizer, por outras palavras, que o mundo atingiu o fim da Primeira Metade da Era do Petróleo, o qual perdurou por 150 anos desde que os primeiros poços foram perfurados na Pennsylvania e nas margens do Mar Cáspio. Este período assistiu à expansão rápida da indústria, dos transportes, do comércio, da agricultura e do capital financeiro, possível em grande parte pela oferta da energia abundante e barata com base no petróleo. A população mundial expandiu-se seis vezes em paralelo com o petróleo. Agora, inicia-se a Segunda Metade da Era do Petróleo. Ela será marcada pelo declínio da produção petrolífera, e tudo depende dele. A transição provavelmente será um tempo de grande tensão e dificuldade, particularmente em relação ao capital financeiro. O capital foi gerado durante a Primeira Metade da Era do Petróleo com base na confiança de que a expansão de amanhã proporcionará a garantia (collateral) para a dívida de hoje. Segue-se que o sistema fracassará durante a Segunda Metade se o declínio do petróleo minar o espaço para a expansão. Isto parece um assunto sério, sublinhando a necessidade de maior transparência no relato das reservas. A ênfase está na palavra relato, pois os engenheiros agora podem fazer boas estimativas da dimensão de um campo petrolífero já no princípio da sua vida, especialmente com a ajuda de todos os avanços notáveis de tecnologia e de conhecimento. Mas assuntos sérios muitas vezes não são populares, o que explica porque muitas pessoas, incluindo aquelas no governo, podem preferir não saber.


Fonte: http://resistir.info/energia/campbell_04abr05.html