sexta-feira, 11 de junho de 2010

Principais vazamentos de petróleo no mundo e nos Estados Unidos


Cerca de 5 mil barris de petróleo vazam por dia no Golfo do México
MADRI - A maré negra que atingiu a costa do estado americano de Louisiana e que ameaça gerar "uma catástrofe nacional" é uma das maiores registradas nos Estados Unidos. Entre as tragédias mais graves deste tipo no mundo destaca-se a que aconteceu em 24 de março de 1989, envolvendo a embarcação americana Exxon Valdez.

O petroleiro se chocou contra um recife, no Alasca, o que gerou um vazamento de 42 mil toneladas de petróleo, causando uma maré negra de 6 mil quilômetros quadrados e que, até o momento, foi o maior desastre ambiental na história dos EUA.

Já em 3 de junho de 1979, a plataforma mexicana "Ixtoc 1" se rompeu na Baía de Campeche (México) e derramou 420 mil toneladas de petróleo no mar. A enorme maré negra afetou durante mais de um ano as costas de uma área de mais de 1.600 quilômetros quadrados.

Em agosto de 1994, a ruptura de um oleoduto na República Autônoma dos Komi, no norte da Rússia, causou uma catástrofe ambiental de grandes dimensões, com um vazamento de entre 200 mil e 300 mil toneladas de petróleo sobre os campos de Usinsk e os rios Usa e Kolva.

A maior maré negra do último ano aconteceu no dia 21 de agosto de 2009, no Mar do Timor, causada por um vazamento de 450 toneladas de gás e petróleo de duas plataformas da companhia PTTEP Australasia. Foi formada uma maré negra que cobriu 10 mil quilômetros quadrados no sudeste asiático.

Além destas tragédias causadas por acidentes, entre os maiores vazamentos de petróleo da história foi provocado pelo Governo do Iraque, que em janeiro de 1991 jogou no Golfo Pérsico mais de 1 milhão de toneladas de óleo dos poços do Kuwait para dificultar o desembarque aliado. A mancha negra se estendeu a cerca de 3.200 quilômetros quadrados e causou enormes danos ecológicos.

Nos últimos 40 anos, os EUA sofreram várias marés negras grandes, além da causada pelo desastre do "Exxon Valdez".

No dia 29 de março de 1971 o petroleiro americano "Texaco Oklahoma" naufragou a cem milhas de cabo Hatteras, na costa leste do EUA, o que causou um vazamento de 32.900 toneladas de petróleo.

No dia 6 de março de 1990, a embarcação "Cibro Savannah" explodiu e pegou fogo em Linden, no estado de New Jersey, e causou um vazamento de mais 32 toneladas de hidrocarbonetos.

Três meses depois, no dia 8 de junho, o petroleiro "Mega Borg" derramou 20.500 toneladas de petróleo em Galveston, no sudeste do Texas.

Já no dia 16 de setembro, também de 1990, o petroleiro "Júpiter" pegou fogo em City Bay, Michigan.

No dia 10 de agosto de 1993, três navios bateram na Baía de Tampa, na Flórida, entre eles o "Bouchard", que derramou mais de 84 toneladas de óleo.

Mais recentemente, no dia 7 de novembro de 2007, o cargueiro sul-coreano "Cosco Busan", de quase 280 metros de comprimento, se chocou contra a base da ponte que une San Francisco à cidade de Oakland por causa de um denso nevoeiro. Foram derramadas mais de 132 toneladas de petróleo.

Já em 2010, no dia 23 de janeiro, a colisão entre duas embarcações, um navio-tanque de 182 metros de comprimentos que transportava petróleo e um navio-guindaste que rebocava uma barcaça, causou o vazamento de 1.700 toneladas de petróleo em Port Arthur, a 150 quilômetros de Houston.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,principais-vazamentos-de-petroleo-no-mundo-e-nos-estados-unidos,545094,0.htm

EUA: vazamento de petróleo foi o dobro do estimado inicialmente



Pelicanos cobertos de oleo resgatados da costa da Louisiana

NOVA ORLEANS, EUA — Autoridades americanas estimam que o vazamento de petróleo no Golfo do México seja mais do que o dobro das cifras apontadas desde o afundamento da plataforma da BP, que, na sexta-feira, anunciou que estuda cortar os pagamentos de dividendos a seus acionistas.

Cerca de 40.000 barris de petróleo - em torno de 6,4 milhões de litros ou 5.260 toneladas - estão sendo derramados diariamente no Golfo do México devido aos danos no poço da BP, segundo a estimativa de cientistas apresentada na quinta-feira por Marcia McNutt, diretora do Instituto Geológico dos Estados Unidos, encarregada da equipe que avalia o nível do derramamento.

Essa medição foi realizada antes de a BP colocar, em 3 de junho, um funil destinado a conter o vazamento que causa a mancha de óleo. O cálculo anterior da equipe dava conta de um derramamento de 12.000 a 19.000 barris de petróleo diários.

O presidente Barack Obama criticou energicamente nesta semana o gigante de petróleo, afirmando desejar saber "de quem deveria chutar o traseiro" neste caso.

A rejeição em Washington da BP preocupa os líderes empresariais e a classe política de Londres, enquanto as ações da BP - parte da carteira de muitos fundos de pensão - caem devido à inquietação sobre o crescente custo da operação de limpeza no Golfo.

Os investidores temem que as críticas obriguem a BP a suspender o pagamento de dividendos, que representam uma fonte de sustento para milhões de aposentados detentores de ações do grupo, cuja cotação caiu cerca de 50% desde a explosão em 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon, que deixou 11 operários mortos e derivou, dois dias depois, no naufrágio da estrutura de prospecção e a avaria do poço que deu início à catástrofe.

Nesse contexto, Obama convocou uma reunião para a próxima quarta-feira na Casa Branca com o presidente do Conselho de Administração do grupo, Carl-Henric Svanberg, e outros líderes da companhia.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hCeo6NGcwPslttUUPn-7QDVMOdiA