sexta-feira, 11 de junho de 2010

EUA: vazamento de petróleo foi o dobro do estimado inicialmente



Pelicanos cobertos de oleo resgatados da costa da Louisiana

NOVA ORLEANS, EUA — Autoridades americanas estimam que o vazamento de petróleo no Golfo do México seja mais do que o dobro das cifras apontadas desde o afundamento da plataforma da BP, que, na sexta-feira, anunciou que estuda cortar os pagamentos de dividendos a seus acionistas.

Cerca de 40.000 barris de petróleo - em torno de 6,4 milhões de litros ou 5.260 toneladas - estão sendo derramados diariamente no Golfo do México devido aos danos no poço da BP, segundo a estimativa de cientistas apresentada na quinta-feira por Marcia McNutt, diretora do Instituto Geológico dos Estados Unidos, encarregada da equipe que avalia o nível do derramamento.

Essa medição foi realizada antes de a BP colocar, em 3 de junho, um funil destinado a conter o vazamento que causa a mancha de óleo. O cálculo anterior da equipe dava conta de um derramamento de 12.000 a 19.000 barris de petróleo diários.

O presidente Barack Obama criticou energicamente nesta semana o gigante de petróleo, afirmando desejar saber "de quem deveria chutar o traseiro" neste caso.

A rejeição em Washington da BP preocupa os líderes empresariais e a classe política de Londres, enquanto as ações da BP - parte da carteira de muitos fundos de pensão - caem devido à inquietação sobre o crescente custo da operação de limpeza no Golfo.

Os investidores temem que as críticas obriguem a BP a suspender o pagamento de dividendos, que representam uma fonte de sustento para milhões de aposentados detentores de ações do grupo, cuja cotação caiu cerca de 50% desde a explosão em 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon, que deixou 11 operários mortos e derivou, dois dias depois, no naufrágio da estrutura de prospecção e a avaria do poço que deu início à catástrofe.

Nesse contexto, Obama convocou uma reunião para a próxima quarta-feira na Casa Branca com o presidente do Conselho de Administração do grupo, Carl-Henric Svanberg, e outros líderes da companhia.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hCeo6NGcwPslttUUPn-7QDVMOdiA

Um comentário:

  1. É pena que temos que conviver com esses desastres ambientais , visto que são quase inevitáveis ... Acho que as punições aos responsáveis deveriam ser mais rigorosas... Amilton

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